Por Filipa Garcia
De todas as palavras sobre as quais já escrevi a palavra Resiliência é a que mais descreve os últimos anos da minha vida. O significado mais fácil desta palavra pode resumir-se como a “capacidade de reagir a um trauma ou dificuldade, sem perda do equilíbrio emocional”, mas, de fácil, isto não tem nada.
Esta capacidade de superar adversidades, de reagir a situações de crise e de lidar positivamente com todo este envolvimento é muito difícil de conseguir, se é que é sequer alcançável em pleno. Eu penso que não é, pois a força interior que temos dentro de nós é emocional e não racional. Não consigo ter explicação para o controlo das lágrimas quando temos uma conversa difícil, para a força que nos faz levantar de manhã com dores físicas e emocionais terríveis, mas que superamos porque TEMOS DE SUPERAR. A força e racionalidade para tomar decisões muito difíceis, e, quando fechamos a porta do gabinete desabarmos durante cinco minutos. Só cinco minutos, porque depois, temos de ir ao espelho lavar a cara e abrir novamente a porta. Esta resiliência não se ensina, nasce connosco e treinamo-la ao longo da vida, com as adversidades que vamos enfrentando.
Relembro um artigo que li há pouco tempo e que resumia 9 características das pessoas altamente resilientes:
- Têm grande capacidade de adaptação;
- Esperam que as coisas terminem sempre bem e são muito positivas;
- Criam emoções positivas em épocas de crise;
- Aprendem continuamente com a experiência de vida;
- Sabem defender-se;
- Têm uma autoestima sólida;
- Têm amizades e relacionamentos saudáveis;
- São criativas e intuitivas;
- Melhoram a cada ano que passa as suas capacidades;
Conhecem alguém assim? Se sim, inspirem-se nesta pessoa e tentem incorporar este espírito forte e ganhador. Se não, tentem iniciar o vosso trabalho interno para mudarem a vossa forma de estar, relacionar, trabalhar e sonhar, se assim entenderem que a resiliência e o espírito positivo possam ajudar.