Passa o dia em reuniões e sente que a vida poderia ser menos sedentária? Uma boa ajuda pode passar pelas Walking Meetings
Uma walking meeting é tão simples quanto isso, é uma reunião enquanto se caminha. Na verdade, todos já fizemos algo aproximado, em reuniões telefónicas, cuja participação é muitas vezes feita de pé e a “divagar” um pouco, pelo espaço onde estamos.
A modalidade ainda está a ser explorada e naturalmente ainda não existem estudos aprofundados sobre o tema, contudo, parece evidente que é algo mais saudável, que estimula a criatividade e activa o corpo e a mente. É diferente.
E está em linha com as boas práticas anti-COVID, por promover as relações no exterior e evitar as salas fechadas.
O Dr. Ted Eytan, Director de Medicina da Kaiser Permanente Center for Total Health nos EUA, advoga o benefício das walking meetings na perspectiva da neurociência, na medida em que o cérebro está mais relaxado durante a caminhada, potenciando a criatividade para a resolução de problemas e no engagement entre participantes, justamente pela ausência de barreiras formais, habitualmente presentes em reuniões convencionais.
Se tiver interesse neste conceito, registe estas dicas por favor:
Atenção à quantidade de participantes: Recomenda-se que uma walking meeting não exceda as 4 pessoas, sob pena de se perder o controlo e dificultar a comunicação.
Atenção à natureza da reunião: É uma reunião para discutir um conjunto de assuntos, com uma reduzida consulta de informação? Perfeito. É uma reunião de brainstorming para se encontrar soluções? Fantástico. É uma reunião de recrutamento? Excelente. É uma reunião para esmiuçar um conjunto infinito de informação e/ou com duração muito longa? Esqueça a walking meeting.
Atenção ao contexto: Uma walking meeting num daqueles dias de inverno, não será seguramente tão agradável como num soalheiro dia de primavera. Atenção ao contexto. Convidar pessoas, que sabemos serem alérgicas ao pólen, para um passeio no parque, será certamente de evitar. Bem como, pessoas que sabemos à partida terem dificuldades de locomoção. Olhar ao contexto e ao bom-senso é via-verde para que tudo corra bem.
Preparação dos meios de consulta e registo: Levar o i-pad, para uma consulta rápida de informação é o mais aconselhável. Usar o telefone e registar as notas verbalmente no modo de gravação áudio é quanto baste. Para além de serem mais claras do que as notas escritas, obriga os participantes a uma maior exactidão da informação registada.
Inclua um extra de conhecimento para o percurso: Por exemplo, imagine que vai fazer um percurso e passar junto à estátua D. José I na Praça do Comércio em Lisboa. Sabia que se trata da primeira estátua equestre realizada em Portugal? Sabia que foi o primeiro monumento escultórico na via pública dedicado a uma pessoa viva à época? Um extra de conhecimento, irá transformar a reunião mais interessante e mais inesquecível para os participantes.
Convide os participantes a tempo suficiente para se prepararem: Tornar a walking meeting numa surpresa, não é grande ideia. O método é novidade e qualquer novidade, necessita de um certo tempo de adaptação. Este tempo será útil para os participantes levarem calçado confortável, preparação do que vão levar para a reunião e até estimula a expectativa para o dia do encontro.
Dirvitam-se. Combinar exercício físico (moderado) com trabalho e ao ar livre, é uma boa experiência. Quem já fez, adorou. Nós já fizemos. Faça o teste e “have fun”.